domingo, agosto 03, 2003

E Deus tornou-se visivel...


BIG BANG II

A observação astronómica das galáxias revela que cada uma delas tem uma cor própria. Algumas são mais avermelhadas do que outras.
No início do século passado, Hubble, astrónomo americano, reparou que, quanto mais distante de nós estiver uma galáxia, mais avermelhada ela parece. Partindo da hipótese que todas as galáxias deviam apresentar sensivelmente a mesma cor, a referida alteração de cor poderia ficar a dever-se ao facto de algumas estarem a afastar-se de nós (efeito Doppler, de que falaremos noutro post).
Num estudo mais detalhado, Hubble mostrou que é possível que, em geral, todas as galáxias estejam a afastar-se de nós, calculando mesmo a relação entre a velocidade de afastamento das galáxias e a distância a que elas se encontram. Acontece que, de acordo com as suas observações, à medida que a distância aumenta, a velocidade de afastamento aumenta proporcionalmente (se a interpretação de Hubble for a verdadeira). A ser assim, as galáxias estariam, também, a afastar-se umas das outras ou, por outras palavras, o universo estaria em expansão.
A interpretação dada por Hubble sobre a cor das galáxias veio fornecer argumentos favoráveis à teoria do Big Bang. Se o universo está em expansão, a distância entre os seus constituintes deve ter sido menor no passado. Prolongando este raciocínio para um passado cada vez mais recuado, poder-se-á admitir que, num dado instante, tudo estaria concentrado num ponto e que no começo do mundo houve a mais violenta de todas as explosões. Uma bomba, feita com toda a matéria existente no universo, mas do tamanho de um ponto, isto é, sem dimensão, rebentou! Terá sido esta a origem do universo?
2:10 PM H. Sousa