OzOnO
Recursive feedback...
Ena, ena... Parece que a minha pergunta do post anterior suscitou algumas reacções. Afinal não estou a escrever para o boneco ! :) O Hugo S. da Bactéria referiu-me e resolveu num tom mais explicativo dar a sua opinião... Mas o João da Metamorfose entrou mais na minha onda, porque resolveu fazer perguntas ! Estamos a abordar temas como a complexidade, estamos por isso na fronteira da ciência, em vez de nos preocuparmos agora com respostas, não deveríamos em vez disso tentar encontrar as perguntas certas ? Eu não quero aqui fazer nenhum tipo de afirmação de que o universo é fractal, de que isto ou aquilo, mas apenas apelar à reflexão... Usar a cabeça e a intuição para olharmos à nossa volta e encontrarmos padrões, invariâncias, que nos levem a fazer perguntas.
O post anterior era apenas o reconhecimento da importância da recursividade na construção da complexidade, e que, ao olharmos para o universo na suas várias escalas, detectamos um padrão interessante. Esse padrão é que a todos os níveis encontramos uma linguagem. A linguagem física dos átomos, a linguagem química das moléculas, a linguagem biológica das células, a linguagem social dos animais, sendo a aqui a palavra "linguagem" usada como o conjunto de duas coisas. Uma gramática (ou regras de composição) e um conjunto de palavras (ou entidades), para formalizar um discurso criativo. Todas estas linguagens são diferentes, mas são recorrentes, porque as "frases" dos níveis inferiores são as "palavras" dos níveis superiores. E, para responder à pergunta do João : «Que linguagem utilizar, então, para os interfaces das escalas?» utilizo outra pergunta : Não deveríamos antes procurar a meta-linguagem ? A linguagem das linguagens ? Para perceber no meio desta diversidade de discursos o que raio está o universo a tentar dizer-nos ???
/ RG / 17:17
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